quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O HOMEM DO SACO


Conta-se que certo dia, ao chegar na casa, antes que deixasse o saco de carvão, o carvoeiro ouviu um choro sentido que vinha lá de dentro.Parou e ficou escutando.Não precisa chorar mais, dizia alguém. Ele logo irá embora.- Tenho medo dele - suspirava a criança.- Pare, senão ele não vai embora.Fez-se um silencio e o carvoeiro deixou o saco no lugar e se foi. Ficando intrigado com isso, pensou:“- Da próxima vez vou ficar escutando para ouvir do que a criança tem medo. Será que é de mim”?E assim foi feito.Deixou o saco de carvão, fez que ia embora e não foi.- Pronto - dizia alguém lá dentro- ele já se foi.- Você viu? Ele traz o saco nas costas e fica esperando, se você sair ele te pega e leva embora dentro do saco.- Ele é o homem do saco.O pobre coitado estava ali ouvindo, atônito!Credo, como alguém pode dizer uma coisa destas para uma criança? pensou.Voltou para carvoaria e no final do dia depois de um bom banho, foi falar com o delegado da cidade.Narrou a ele todos os fatos, e os dois foram até a casa.Bateram na porta, bateram e nada de abrirem.Finalmente, depois de muita insistência, apareceu o dono da casa.O Delegado lhe passou um corretivo e à mulher dele também. Chamaram as crianças e apresentaram o homem do saco com todas as verdades.Daí em diante, aquela casa ficou sendo chamada de “a casa do homem do saco”.Até hoje ainda existem pessoas que gostam de assustar crianças com isto:Um dois três...O ultimo que ficar,O homem do saco vai levar...

sábado, 5 de setembro de 2009

Lansamento do saite da cultura.





esperando para comesar


eu vendo o Paulo Deubu mostrando o saite

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

o jacare egoista


Era ma vez... uma lagoa muito bonita. Com bastante água límpida. Ali morava um jacarezinho valente e muito orgulhoso. Vivia muito feliz, nadava naquelas águas claras passando horas refrescando-se. Só que ele era muito egoísta Quando estava na lagoa, ninguém mais lá podia ir, pois o valentão tomava conta de tudo. E assim foi até certo dia, quando não havia água lá na casa de dona Pata. Dona Pata estava triste, pois os três patinhos mais bonitos da cidade não podiam tomar banho e o pior é que eles tinham que ir a festa dos pintinhos amarelos.

A mamãe, mandou os patinhos à lagoa para se banharem.

Lá se foram eles com seus passos miúdos cantando contentes. Mas, oh! tristeza!.. lá na lagoa estava o jacarezinho todo valente gritando:

_Que vieram fazer aqui seus malandros?

_Viemos tomar banho, responderam delicadamente os patinhos.

E nesta bonita lagoa é que vocês querem tomar banho? Aqui não é lugar para banhos, seus atrevidos! Disse irritado o jacarezinho. Continuem sujos. Para que Patos querem ficar limpos?

_Mas nós vamos à festa dos Pintinhos, e sujos não podemos dançar e nem brincar, insistiram os Patinhos. Não e não, esta lagoa é minha e ninguém pode aqui entrar.

Os Patinhos assustados, correram logo para casa. Dona Pata, diante disso, ficou indignada, enchendo-se de coragem foi ver se com boas maneiras, conseguiria convencer o jacarezinho a deixar os seus filhinhos, tomarem banho na lagoa. Por favor senhor jacaré, meus filhos precisam tomar banho.

_Eles que tomem banho em casa. Ora essa. Por acaso, aqui é banheiro? Retrucou ele com maus modos.

Meu amigo, escute por favor: Lá em casa não há água. E os Patinhos precisam ficar bem limpos hoje. Porque? Para que Pato precisa ficar limpo? Rosnou o valentão. Dona Pata já estava perdendo a paciência, mas continuou bem educada e disse: Os Patinhos trarão doces para o senhor. Qual é o doce que prefere? Continuou dona Pata ainda com paciência.

Eu não gosto de doce nenhum! Eu não quero nada. Só quero sossego. Não preciso de doces de ninguém. Está ouvindo? Já disse e repito, esta lagoa é só minha e quero que todo mundo saiba disso, ouviu dona Pata? Dona Pata perdeu então a paciência e até se esqueceu de que era bem educada e boazinha. Muito zangada, disse ao jacarezinho egoista:



_Deixe estar, esta lagoa um dia vai secar, escute bem, esta lagoa um dia vai secar... E foi-se embora muito triste por precisar falar estas coisas tão ruins ao Jacarezinho. Este se acomodou na lagoa e lá ficou para tirar uma soneca. O sol estava quente

O calor dava moleza, mas a água estava gostosa.

Acontece porém, que lá no alto, lá no céu, mais alto do que voam os passarinhos e passam os aviões barulhentos, está o Papai do Céu. Ele viu e ouviu tudo. Ficou com muita pena dos Patinhos e muito triste com o jacarezinho. Onde já se viu? A lagoa é de todo mundo. O jacarezinho, precisava saber disso. Não é bonito ser assim egoísta. Ele devia ser bom e gostar de todo mundo. Então o Pai do Céu, conversou com o Sol, que já vinha de muito tempo, aborrecido com o danado jacaré. Este aqueceu tanto a água da lagoa que ela se foi evaporando, evaporando.... e a lagoa, ficou sem uma gota de água, seca, seca...
Quando o jacarezinho viu, estava todo cheio de barro. Será que estou sonhando? Disse desapontado. Ah! já sei. Dona Pata, disse que a lagoa iria secar.

E secou mesmo. Que infelicidade, meu Deus! Também fui muito egoísta. Perdão, perdão, Papai do Céu, dizia tão aflito que fazia dó. Ele chorou tanto e ficou tão arrependido que o Papai do Céu ficou com pena dele.

Agora eu sei o quanto é ruim a gente ficar sujo e não ter água para o banho. Perdão, perdão Papai do Céu.

Logo depois começou a chover forte e bastante. Choveu tanto que a lagoa ficou novamente cheia de água límpida e gostosa. O jacarezinho todo feliz porque afinal o Papai do Céu o havia perdoado, foi correndo buscar os Patinhos para nadarem. E ainda deu tempo para tomarem bons banhos. E os três Patinhos, muito bonzinhos, trouxeram uma porção de doces gostosos para o jacarezinho que não era mais egoísta.

E nunca mais a lagoa secou, e o jacarezinho continuou sempre bom.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

3º Encontro de contadores de Histórias

aconteceu 17 18 e 19 de julho de 2009 o 3ºencontro de comtdores de historia.

gato de botas


Era uma vez um moleiro muito pobre, que tinha três filhos. Os dois mais velhos eram preguiçosos e o caçula era muito trabalhador.
Quando o moleiro morreu, só deixou como herança o moinho, um burrinho e um gato. O moinho ficou para o filho mais velho, o burrinho para o filho do meio e o gato para o caçula. Este último ficou muito descontente com a parte que lhe coube da herança, mas o gato lhe disse:
__Meu querido amo, compra-me um par de botas e um saco e, em breve, te provarei que sou de mais utilidade que um moinho ou um asno.
Assim, pois, o rapaz converteu todo o dinheiro que possuía num lindo par de botas e num saco para o seu gatinho. Este calçou as botas e, pondo o saco às costas, encaminhou-se para um sítio onde havia uma coelheira. Quando ali chegou, abriu o saco, meteu-lhe uma porção de farelo miúdo e deitou-se no chão fingindo-se morto.
Excitado pelo cheiro do farelo, o coelho saiu de seu esconderijo e dirigiu-se para o saco. O gato apanhou-o logo e levou-o ao rei, dizendo-lhe:
__Senhor, o nobre marquês de Carabás mandou que lhe entregasse este coelho. Guisado com cebolinhas será um prato delicioso.
__Coelho?! - exclamou o rei.
__ Que bom! Gosto muito de coelho, mas o meu cozinheiro não consegue nunca apanhar nenhum. Diga ao teu amo que eu lhe mando os meus mais sinceros agradecimentos.
No dia seguinte, o gatinho apanhou duas perdizes e levou-as ao rei como presente do marquês de Carabás.
Durante um tempo, o gato continuou a levar ao palácio outros presente, todos dizia ser da parte do Marquês de Carabás.
Um dia o gato convidou seu amo para tomar um banho no rio. Ao chegarem ao local o gato disse ao jovem:
__ De hoje em diante seu nome será Marquês de Carabás. Agora, por favor, tire sua roupa e entre na água.
O rapaz não estava entendendo nada, mas como confiava no gato atendeu seu pedido.
O gato havia levado rapaz no local por onde devia passar a carruagem real.
esperto gato ao ver uma carruagem se aproximando começou a gritar:
__Socorro! Socorro!
Que aconteceu? - perguntou o rei, descendo da sua carruagem.
Os ladrões roubaram a roupa do nobre marquês de Carabás! - disse o gato.
__ Meu amo está dentro da água, ficará resfriado.
O rei mandou imediatamente uns servos ao palácio; voltaram daí a pouco com um magnífico vestuário feito para o próprio rei, quando jovem.
O dono do gato vestiu-se e ficou tão bonito que a princesa, assim que o viu, dele se enamorou. O rei também ficou encantado e murmurou:
__Eu era exatamente assim, nos meus tempos de moço.
O rei convidou o falso marquês para subir em sua carruagem.
__ Será que a vossa majestade nos dá a honra de visitar o palácio do Marquês de Carabás? – perguntou o gato, diante do olhar aflito do rapaz
O rei aceitou o convite e o gato saiu na frente, para arrumar uma recepção par ao rei e a princesa.
O gato estava radiante com o êxito do seu plano; e, correndo à frente da carruagem, chegou a uns campos e disse aos lavradores:
__O rei está chegando; se não lhes disserem que todos estes campos pertencem ao marquês de Carabás, o rei mandará cortar-lhes a cabeça.
De forma que, quando o rei perguntou de quem eram aquelas searas, os lavradores responderam-lhe:
__Do muito nobre marquês de Carabás.
__Que lindas propriedades tens tu!- elogiou o rei ao jovem.
O moço sorriu perturbado, e o rei murmurou ao ouvido da filha:
__Eu também era assim, nos meus tempos de moço.
Mais adiante, o gato encontrou uns camponeses ceifando trigo e lhes fez a mesma ameaça: __Se não disserem que todo este trigo pertence ao marquês de Carabás, faço picadinho de vocês.
Assim, quando chegou a carruagem real e o rei perguntou de quem era todo aquele trigo, responderam:
__Do mui nobre marquês de Carabás.
O rei ficou muito entusiasmado e disse ao moço:
__ Ó marquês! Tens muitas propriedades!
O gato continuava a correr à frente da carruagem; atravessando um espesso bosque, chegou à porta de um magnífico palácio, no qual vivia um ogro muito malvado que era o verdadeiro dono dos campos semeados. O gatinho bateu à porta e disse ao ogro que a abriu:
__Meu querido ogro, tenho ouvido por aí umas histórias a teu respeito. Dizei-me lá: é certo que te podes transformar no que quiseres?
__ Certíssimo - respondeu o ogro, e transformou-se num leão.
__ Isso não vale nada - disse o gatinho. - Qualquer um pode inchar e aparecer maior do que realmente é. Toda a arte está em se tornar menor. Poderias, por exemplo, transformar-te em rato?
__ É fácil - respondeu o ogro, e transformou-se num rato.
O gatinho deitou-lhe logo as unhas, comeu-o e desceu logo a abrir a porta, pois naquele momento chegava a carruagem real. E disse:
__ Bem vindo seja, senhor, ao palácio do marquês de Carabás.
__ Olá! - disse o rei
__ Que formoso palácio tens tu! Peço-te a fineza de ajudar a princesa a descer da carruagem.
O rapaz, timidamente, ofereceu o braço à princesa e o rei murmurou-lhe ao ouvido:
__ Eu também era assim tímido, nos meus tempos de moço.
Entretanto, o gatinho meteu-se na cozinha e mandou preparar um esplêndido almoço, pondo na mesa os melhores vinhos que havia na adega; e quando o rei, a princesa e o amo entraram na sala de jantar e se sentaram à mesa, tudo estava pronto.
Depois do magnífico almoço, o rei voltou-se para o rapaz e disse-lhe:
__ Jovem, és tão tímido como eu era nos meus tempos de moço. Mas percebo que gostas muito da princesa, assim como ela gosta de ti. Por que não a pedes em casamento?
Então, o moço pediu a mão da princesa, e o casamento foi celebrado com a maior pompa. O gato assistiu, calçando um novo par de botas com cordões encarnados e bordados a ouro e preciosos diamantes.
E daí em diante, passaram a viver muito felizes. E se o gato às vezes ainda se metia a correr atrás dos ratos, era apenas por divertimento; porque absolutamente não mais precisava de ratos para matar a fome

rapunzel


Era uma vez um casal que há muito tempo desejava inutilmente ter um filho. Os anos se passavam, e seu sonho não se realizava. Afinal, um belo dia, a mulher percebeu que Deus ouvira suas preces. Ela ia ter uma criança!
Por uma janelinha que havia na parte dos fundos da casa deles, era possível ver, no quintal vizinho, um magnífico jardim cheio das mais lindas flores e das mais viçosas hortaliças. Mas em torno de tudo se erguia um muro altíssimo, que ninguém se atrevia a escalar. Afinal, era a propriedade de uma feiticeira muito temida e poderosa.
Um dia, espiando pela janelinha, a mulher se admirou ao ver um canteiro cheio dos mais belos pés de rabanete que jamais imaginara. As folhas eram tão verdes e fresquinhas que abriram seu apetite. E ela sentiu um enorme desejo de provar os rabanetes.
A cada dia seu desejo aumentava mais. Mas ela sabia que não havia jeito de conseguir o que queria e por isso foi ficando triste, abatida e com um aspecto doentio, até que um dia o marido se assustou e perguntou:
— O que está acontecendo contigo, querida?
— Ah! — respondeu ela. — Se não comer um rabanete do jardim da feiticeira, vou morrer logo, logo!
O marido, que a amava muito, pensou: “Não posso deixar minha mulher morrer… Tenho que conseguir esses rabanetes, custe o que custar!”
Ao anoitecer, ele encostou uma escada no muro, pulou para o quintal vizinho, arrancou apressadamente um punhado de rabanetes e levou para a mulher. Mais que depressa, ela preparou uma salada que comeu imediatamente, deliciada. Ela achou o sabor da salada tão bom, mas tão bom, que no dia seguinte seu desejo de comer rabanetes ficou ainda mais forte. Para sossegá-la, o marido prometeu-lhe que iria buscar mais um pouco.
Quando a noite chegou, pulou novamente o muro mas, mal pisou no chão do outro lado, levou um tremendo susto: de pé, diante dele, estava a feiticeira.
— Como se atreve a entrar no meu quintal como um ladrão, para roubar meus rabanetes? — perguntou ela com os olhos chispando de raiva. — Vai ver só o que te espera!
— Oh! Tenha piedade! — implorou o homem. — Só fiz isso porque fui obrigado! Minha mulher viu seus rabanetes pela nossa janela e sentiu tanta vontade de comê-los, mas tanta vontade, que na certa morrerá se eu não levar alguns!
A feiticeira se acalmou e disse:
— Se é assim como diz, deixo você levar quantos rabanetes quiser, mas com uma condição: irá me dar a criança que sua mulher vai ter. Cuidarei dela como se fosse sua própria mãe, e nada lhe faltará.
O homem estava tão apavorado, que concordou. Pouco tempo depois, o bebê nasceu. Era uma menina. A feiticeira surgiu no mesmo instante, deu à criança o nome de Rapunzel e levou-a embora.
Rapunzel cresceu e se tomou a mais linda criança sob o sol. Quando fez doze anos, a feiticeira trancou-a no alto de uma torre, no meio da floresta.
A torre não possuía nem escada, nem porta: apenas uma janelinha, no lugar mais alto. Quando a velha desejava entrar, ficava embaixo da janela e gritava:
— Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!
Rapunzel tinha magníficos cabelos compridos, finos como fios de ouro. Quando ouvia o chamado da velha, abria a janela, desenrolava as tranças e jogava-as para fora. As tranças caíam vinte metros abaixo, e por elas a feiticeira subia.
Alguns anos depois, o filho do rei estava cavalgando pela floresta e passou perto da torre. Ouviu um canto tão bonito que parou, encantado.
Rapunzel, para espantar a solidão, cantava para si mesma com sua doce voz.
Imediatamente o príncipe quis subir, procurou uma porta por toda parte, mas não encontrou. Inconformado, voltou para casa. Mas o maravilhoso canto tocara seu coração de tal maneira que ele começou a ir para a floresta todos os dias, querendo ouvi-lo outra vez.
Em uma dessas vezes, o príncipe estava descansando atrás de uma árvore e viu a feiticeira aproximar-se da torre e gritar: “Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!”. E viu quando a feiticeira subiu pelas tranças.
“É essa a escada pela qual se sobe?”, pensou o príncipe. “Pois eu vou tentar a sorte…”.
No dia seguinte, quando escureceu, ele se aproximou da torre e, bem embaixo da janelinha, gritou:
— Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!
As tranças caíram pela janela abaixo, e ele subiu.
Rapunzel ficou muito assustada ao vê-lo entrar, pois jamais tinha visto um homem.
Mas o príncipe falou-lhe com muita doçura e contou como seu coração ficara transtornado desde que a ouvira cantar, explicando que não teria sossego enquanto não a conhecesse.




Rapunzel foi se acalmando, e quando o príncipe lhe perguntou se o aceitava como marido, reparou que ele era jovem e belo, e pensou: “Ele é mil vezes preferível à velha senhora…”. E, pondo a mão dela sobre a dele, respondeu:
— Sim! Eu quero ir com você! Mas não sei como descer… Sempre que vier me ver, traga uma meada de seda. Com ela vou trançar uma escada e, quando ficar pronta, eu desço, e você me leva no seu cavalo.
Combinaram que ele sempre viria ao cair da noite, porque a velha costumava vir durante o dia. Assim foi, e a feiticeira de nada desconfiava até que um dia Rapunzel, sem querer, perguntou a ela:
— Diga-me, senhora, como é que lhe custa tanto subir, enquanto o jovem filho do rei chega aqui num instantinho?
— Ah, menina ruim! — gritou a feiticeira. — Pensei que tinha isolado você do mundo, e você me engana!
Na sua fúria, agarrou Rapunzel pelo cabelos e esbofeteou-a. Depois, com a outra mão, pegou uma tesoura e tec, tec! cortou as belas tranças, largando-as no chão.
Não contente, a malvada levou a pobre menina para um deserto e abandonou-a ali, para que sofresse e passasse todo tipo de privação.
Na tarde do mesmo dia em que Rapunzel foi expulsa, a feiticeira prendeu as longas tranças num gancho da janela e ficou esperando. Quando o príncipe veio e chamou: “Rapunzel! Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!”, ela deixou as tranças caírem para fora e ficou esperando.
Ao entrar, o pobre rapaz não encontrou sua querida Rapunzel, mas sim a terrível feiticeira. Com um olhar chamejante de ódio, ela gritou zombeteira:
— Ah, ah! Você veio buscar sua amada? Pois a linda avezinha não está mais no ninho, nem canta mais! O gato apanhou-a, levou-a, e agora vai arranhar os seus olhos! Nunca mais você verá Rapunzel! Ela está perdida para você!
Ao ouvir isso, o príncipe ficou fora de si e, em seu desespero, se atirou pela janela. O jovem não morreu, mas caiu sobre espinhos que furaram seus olhos e ele ficou cego.
Desesperado, ficou perambulando pela floresta, alimentando-se apenas de frutos e raízes, sem fazer outra coisa que se lamentar e chorar a perda da amada.
Passaram-se os anos. Um dia, por acaso, o príncipe chegou ao deserto no qual Rapunzel vivia, na maior tristeza, com seus filhos gêmeos, um menino e uma menina, que haviam nascido ali.
Ouvindo uma voz que lhe pareceu familiar, o príncipe caminhou na direção de Rapunzel. Assim que chegou perto, ela logo o reconheceu e se atirou em seus braços, a chorar.
Duas das lágrimas da moça caíram nos olhos dele e, no mesmo instante, o príncipe recuperou a visão e ficou enxergando tão bem quanto antes.
Então, levou Rapunzel e as crianças para seu reino, onde foram recebidos com grande alegria. Ali viveram felizes e contentes

a bela adormesida


Naquele grande reino, ao nascer um novo dia, nasceu também uma princesa, a quem puseram o nome de Aurora.
Para o baptizado foram convidadas três fadas madrinhas: FLORA, FAUNA e PRIMAVERA.
A meio dos festejos, FLORA concedeu à princesa o dom da beleza; FAUNA, o da música. E quando a fada PRIMAVERA se acercava do berço, para também fazer a sua oferta, foi subitamente ultrapassada pela bruxa MALÉFICA, que ninguém tinha convidado, e que gritou:
-Quando fizeres dezasseis anos vais picar-te no fuso de uma roca e morrerás!
E dando uma enorme gargalhada desapareceu no ar...
Estarrecidos, os reis suplicaram a PRIMAVERA que rompesse o feitiço.
-Não tenho poderes para isso, apenas posso torná-lo mais suave, respondeu a fada.
E aproximando-se da princesa disse-lhe:
-Não morrerás...adormecerás profundamente, até que um beijo de amor te desperte!
Os anos passaram e Aurora cresceu e transformou-se numa bonita jovem, vivendo no bosque, sempre sob os cuidados atentos das três fadas. Ao completar dezasseis anos, estas levaram-na para o castelo, para junto dos pais.
Ficou deslumbrada! Percorreu todas as alas e, numa delas, encontrou uma velha (a bruxa MALÉFICA disfarçada!) que estava a fiar numa roca, e lhe pediu ajuda. Aurora, boa como era, não foi capaz de dizer que não. Mas mal tocou na roca, picou-se, e caiu no chão profundamente adormecida.
Quando as três fadas, que já haviam regressado ao bosque, souberam do sucedido, resolveram encantar o castelo. Todos adormeceram nos lugares onde estavam, o rei, os músicos, os cortesão, os criados, até o bobo da corte e as aias e os cavaleiros! O tempo ali como que parou.
Decorridos cerca de cem anos, um dia, andando à caça, um belo príncipe calhou passar na floresta e viu o castelo. Intrigado por não avistar ninguém, resolveu entrar.
Na torre mais alta a linda princesa dormia.
Quando encontrou Aurora, o príncipe, maravilhado com tanta beleza e com o ar bondoso dela, beijou-a com todo o amor.
O feitiço desfez-se! Aurora acordou. E acordou o rei. E a rainha também. E acordou toda a corte. E a alegria voltou ao castelo, e fizeram-se grandes festejos, com música e danças por todo o lado.

a bela e a fera


Há muitos anos, em uma terra distante, viviam um mercador e suas
três filhas . A mais jovem era a mais linda e carinhosa, por isso
era chamada de "BELA".
Um dia, o pai teve de viajar para longe a negócios. Reuniu as
suas filhas e disse:

— Não ficarei fora por muito tempo. Quando voltar trarei
presentes. O que vocês querem? - As irmãs de Bela pediram
presentes caros, enquanto ela permanecia quieta.

O pai se voltou para ela, dizendo :

— E você, Bela, o que quer ganhar?

— Quero uma rosa, querido pai, porque neste país elas não
crescem, respondeu Bela, abraçando-o forte.

O homem partiu, conclui os seus negócios, pôs-se na estrada para
a volta. Tanta era a vontade de abraçar as filhas, que viajou por
muito tempo sem descansar. Estava muito cansado e faminto, quando,
a pouca distância de casa, foi surpreendido, em uma mata, por
furiosa tempestade, que lhe fez perder o caminho.
Desesperado, começou a vagar em busca de uma pousada, quando, de
repente, descobriu ao longe uma luz fraca. Com as forças que lhe
restavam dirigiu-se para aquela última esperança.
Chegou a um magnífico palácio, o qual tinha o portão aberto e
acolhedor. Bateu várias vezes, mas sem resposta. Então, decidiu
entrar para esquentar-se e esperar os donos da casa. Ointerior,
realmente, era suntuoso, ricamente iluminado e mobiliado de
maneira esquisita.
O velho mercador ficou defronte da lareira para enxugar-se e
percebeu que havia uma mesa para uma pessoa, com comida quente e
vinho delicioso.
Extenuado, sentou-se e começou a devorar tudo. Atraído depois
pela luz que saía de um quarto vizinho, foi para lá, encontrou uma
grande sala com uma cama acolhedora, onde o homem se esticou,
adormecendo logo. De manhã, acordando, encontrou vestimentas
limpas e uma refeição muito farta. Repousado e satisfeito, o pai
de Bela saiu do palácio, perguntando-se espantado por que não
havia encontrado nenhuma pessoa. Perto do portão viu uma roseira
com lindíssimas rosas e se lembrou da promessa feita a Bela. Parou
e colheu a mais perfumada flor. Ouviu, então, atrás de si um
rugido pavoroso e, voltando-se, viu um ser monstruoso que disse:

— É assim que pagas a minha hospitalidade, roubando as
minhas rosas? Para castigar-te, sou obrigado a matar-te!

O mercador jogou-se de joelhos, suplicando-lhe para ao menos
deixá-lo ir abraçar pela última vez as filhas. A fera lhe propôs,
então, uma troca: dentro de uma semana devia voltar ou ele ou uma
de suas filhas em seu lugar.
Apavorado e infeliz, o homem retornou para casa, jogando-se aos
pés das filhas e perguntando-lhes o que devia fazer. Bela
aproximou-se dele e lhe disse:

— Foi por minha causa que incorreste na ira do monstro. É
justo que eu vá...

De nada valeram os protestos do pai, Bela estava decidida.
Passados os sete dias, partiu para o misterioso destino.

Chegada à morada do monstro, encontrou tudo como lhe havia
descrito o pai e também não conseguiu encontrar alma viva.
Pôs-se então a visitar o palácio e, qual não foi a sua surpresa,
quando, chegando a uma extraordinária porta, leu ali a inscrição
com caracteres dourados: "Apartamento de Bela".
Entrou e se encontrou em uma grande ala do palácio, luminosa e
esplêndida. Das janelas tinha uma encantadora vista do jardim.
Na hora do almoço, sentiu bater e se aproximou temerosa da porta.
Abriu-a com cautela e se encontrou ante de Fera. Amedrontada,
retornou e fugiu através da salas. Alcançada a última, percebeu
que fora seguida pelo monstro. Sentiu-se perdida e já ia implorar
piedade ao terrível ser, quando este, com um grunhido gentil e
suplicante lhe disse:

— Sei que tenho um aspecto horrível e me desculpo ; mas não
sou mau e espero que a minha companhia, um dia, possa ser-te
agradável. Para o momento, queria pedir-te, se podes, honrar-me
com tua presença no jantar.

Ainda apavorada, mas um pouco menos temerosa, bela consentiu e ao
fim da tarde compreendeu que a fera não era assim malvada.
Passaram juntos muitas semanas e Bela cada dia se sentia
afeiçoada àquele estranho ser, que sabia revelar-se muito gentil,
culto e educado.
Uma tarde , a Fera levou Bela à parte e, timidamente, lhe disse:

— Desde quando estás aqui a minha vida mudou. Descobri que
me apaixonei por ti. Bela, queres casar-te comigo?

A moça, pega de surpresa, não soube o que responder e, para
ganhar tempo, disse:

— Para tomar uma decisão tão importante, quero pedir
conselhos a meu pai que não vejo há muito tempo!

A Fera pensou um pouco, mas tanto era o amor que tinha por ela
que, ao final, a deixou ir, fazendo-se prometer que após sete dias
voltaria.
Quando o pai viu Bela voltar, não acreditou nos próprios olhos,
pois a imaginava já devorada pelo monstro. Pulou-lhe ao pescoço e
a cobriu de beijos. Depois começaram a contar-se tudo que
acontecera e os dias passaram tão velozes que Bela não percebeu
que já haviam transcorridos bem mais de sete.
Uma noite, em sonhos, pensou ver a Fera morta perto da roseira.
Lembrou-se da promessa e correu desesperadamente ao palácio.
Perto da roseira encontrou a Fera que morria.
Então, Bela a abraçou forte, dizendo:

— Oh! Eu te suplico: não morras! Acreditava ter por ti só
uma grande estima, mas como sofro, percebo que te amo.

Com aquelas palavras a Fera abriu os olhos e soltou um sorriso
radioso e diante de grande espanto de Bela começou a
transformar-se em um esplêndido jovem, o qual a olhou comovido e
disse:

— Um malvado encantamento me havia preso naquele corpo
monstruoso. Somente fazendo uma moça apaixonar-se podia vencê-lo e
tu és a escolhida. Queres casar-te comigo agora?

Bela não fez repetir o pedido e a partir de então viveram felizes
e apaixonados.

domingo, 26 de julho de 2009

a pequena sereia


Era uma vez uma sereia, que vivia no fundo do mar

Rodeada de peixes e golfinhos com quem sempre podia brincar

Vestia-se com algas marinhas, usava conchas pro cabelo adornar



Tinha tudo para ser feliz, a sereia de quem vos vou falar

Contuda ela sentia-se só, no coração tinha um espaço por completar

Uma noite o mar se agitou, e uma tempestade fez começar

Assustando tudo à sua volta: as praias, os barcos, as estrelas e o luar

Um barco que por ali navegava, como uma noz se foi despedaçar

No oceano cairam as pessoas, cujas almas ficariam para sempre presas no mar

E a sereia, vendo tal destruição, logo os tripulantes tentou ajudar

Mas o peso do oceano, não a deixava ao topo chegar

E então, foi aí que o viu, moreno, imóvel, olhos da cor do luar

E a sereia percebeu logo que aquele homem iria amar

Prendeu-o no peito, tentou nadar

salvou-o da morte, salvou-o do mar

Deixou-o na segurança da terra que era o seu lar

Beijou o príncipe levemente nos lábios, implorando aos mares para não o matar

E o príncipe acordou, aturdido e sem saber o que se estava a passar

Pensou ter sido salvo por um milagre, da sereia não se conseguia lembrar

Esta depressa se escondeu, não queria o principe assutar

Pensou que ele não compreendiria a sua anatomia e forma de andar

Voltou ao mar com a alma vazia, que dor sentia ao no príncipe pensar

Queria só voltar a vê-lo, e o seu amor poder confessar

Mas, que podia ela fazer? Uma sereia pertence ao mar

Só precisava de pedir ajuda, para na terra poder ficar

Foi a bruxa do oceano que os seus serviços foi entregar

Mas para humana ser, de uma condição ia precisar

"se humana queres ser, para o teu amado amar

Tenho aqui uma poção que as barbatas te podem tirar

Mas tenho uma condição: A tua voz tens de me entregar

E ele tem que dizer que te ama, para a poderes recuperar"

Era arriscado, mas a sereia não podia hesitar

O relógio corria apressado e ela precisava de à terra voltar

Aceitou; a voz e as barbatanas no mar deixou ficar

E com o primeiro raio de sol acordou na areia a queimar

E foi o principe que a encontrou, nua, feliz, silenciada e sem falar

E ficou sem compreender quem era a donzela que acabara de encontrar

Levou-a para o seu castelo, um vestido à sereia mandou entregar

E depois, durante o jantar, uma notícia foi anunciar

"Como sabem, uma tempestade os meus navios foi afundar

E só o milagre dos oceanos foi capaz de me salvar

Contudo, foi em terra firme, que um anjo por mim foi orar

Ajoelhada perante mim, esperou até eu acordar

Apesar de não estar consciente, e da donzela que o fez pouco me lembrar

Acredito que foi Morgana, a rapariga que me fez despertar

Por isso, em honra ao que fez, na obrigação me sinto de a desposar

Afinal, se foi ela que me salvou, como poderia não a amar?"

Dito isto, todos na sala começaram a festejar

E no meio de tanta alegria, na sereia ninguém foi reparar

Nos seus olhos, secos, duas lágrimas da cor do mar si fizeram chorar

E a sereia compreendeu que a sua vinda de nada iria adiantar

O coração do seu amado pertencia a outrém, e contra o amor não se pode lutar

E além disso não tinha voz que o seu feito pudésse confessar

Afinal fora ela, que ao seu lado ficara a orar

Pedindo aos guardiães do oceano que a alma do seu príncipe não deixassem levar

Saiu, e logo percebeui que era inutil no mar tentar mergulhar

Agora era humana, e só os peixes podem no mar ficar

A terra perdera o encanto, já não tinha razões para ficar

Mas por muito que o seu coração desejasse, ao mar também não podia regressar

Chorou, e as suas lágrimas o oceanao foram banhar

E ao sentirem tal prece, todos os seres a foram escutar

"Sereia, sabemos como o teu coração está a implorar

E como te queremos de volta, até a bruxa te vai ajudar

Ela mandou este punhal, só tens de no peito do príncipe o crvar

E logo depois as barbatanas poderás recuperar.

Fá-lo, sereia, não tenhas piedade de quem nunca te poderá amar

A tua missão na terra acabou quando o seu amor por outra o principe foi declarar"

A sereia segurou no punhal, e o coração nele foi colocar

Aproximou-se do quarto do amado, onde ele estava a descansar

Mas, vendo-o assim, tão calmo a sonhar

A sereia amou-o ainda mais e soube que nunca seria capaz de a vida lhe tirar

Largou o punhal, não foi capaz de continuar

Debruçou-se no convés, e no mar foi mergulhar

E depois, não sentiu nada, a calma do mar não foi capaz de a segurar

Em mil bolhas se desfez, e pelo oceano se foi espalhar



Não há registos que provem, a história que acabei de contar

Mas há lendas que persistem, e que devemos preservar

Dizem que depois de morrer, a sereia nunca pariu do mar

E que cuida de todas as almas que as tempestades façam naufragar

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A casa que o Jão construiu

Esta é a casa que o João construiu .
Este é o queijo que estava na casa que o João construiu .
Este é o rato
Que comeu o queijo que estava na casa que o João construiu.
Este é o gato
Que pegou o rato que comeu o queijo que estava na casa que o João construiu .
Este é o cão
Que perseguiu o gato que pegou o rato que comeu o queijo que estava na casa que o João construiu .
Esta é a vaca do chifre quebrado
Que bate no cão ,que persegue o gato, que pegou o rato,que comeu o queijo que estava na casa que o João construiu.
Esta é a menina do cabelo trançado
Que tira leite da vaca do chifre quebrado,que bateu no cão ,que perseguiu o gato que pegou o rato que comeu o queijo que estava na casa que o João construiu.
Este é o rapaz esfarrapado
Que beijou a menina do cabelo trançado que tira leite da vaca do chifre quebrado,que bateu no cão,que perseguiu o gato que pegou o rato que comeu o queijo que estava na casa que o João construiu.
Este é o padre da igreja ao lado
Que casou o rapaz esfarrapado com a menina do cabelo trançado,que tira leite da vaca do chifre quebrado,que bate no cão ,que persegue o gato que pegou o rato que comeu o queijo que estava na casa que o João construiu.
Este é o galo do canto desafinado
Que acordou o padre da igreja ao lado.que casou o menino esfarrapado com a menina do cabelo trançado ,que tira leite da vaca do chifre quebrado,que bate no cão que perseguiu o gato que pegou o rato que comeu o queijo que estava na casa do João
Este é o fazendeiro que cuida do roçado para alimentar o galo do canto desafinado,que acordou o padre da igreja ao lado,que casou o menino esfarrapado com a menina do cabelo trançado,que tira leite da vaca do chifre quebrado,que bate no cão que perseguiu o gato que pegou o rato que comeu o queijo que estava na casa do João.Este é o João que depois de tanta confusão cumprimenta a todos com muita satisfação.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

os 7 corvos

Era uma vez um homem que tinha sete filhos, mas por mais que o desejasse, nem uma só filha.Afinal, de novo sua mulher lhe comunicou a próxima vinda de uma criança; e, quando esta veio ao mundo, era realmente uma menina.Foi grande a alegria, mas a criança era pequena e franzina e, devido sua fraqueza, precisou ser batizada às pressas. O pai mandou, com urgência, um dos meninos fonte buscar água para o batismo, e os outros seis foram junto. Como cada um quisesse ser o primeiro a tirar água, o jarro lhes caiu dentro do poço, e lá ficaram eles sem saber o que fazer, e nenhum se atrevia a ir para casa.Como nunca mais voltassem, o pai impaciente sentou-se e disse:- Certamente, por causa de alguma brincadeira, esses meninos desalmados se esqueceram da tarefa. E, temeroso de que a menina morresse sem ser batizada, exclamou mui o zangado: - Quisera que todos eles se transformassem em corvos.Mal pronunciara essas palavras, ouviu sobre a cabeça um ruflar de asas, olhou para o alto e viu sete corvos pretos como carvão que alçaram vôo e partiram.Os pais não puderam tirar a maldição, mas, embora desolados com a perda dos sete filhos, encontraram algum consolo na querida filhinha, a qual logo adquiriu forças e, dia após dia, foi ficando mais bonita. Durante muito tempo, ela nunca soube que tivera irmãos, pois os pais tinham o cuidado de não lhe falar no assunto; até que um dia, por acaso, ouviu algumas pessoas dizerem que ela era uma menina muito bonita, mas, praticamente, a culpada da desgraça de seus sete irmãos.Ela então, consternada, foi perguntar ao pai e mãe se tivera irmãos e o que fora feito deles. Os pais não puderam manter o segredo por mais tempo, mas lhe disseram que aquilo fora um decreto do céu, e seu nascimento apenas o motivo inocente.Porém a menina todos os dias sentia escrúpulos de ter sido a causa da desgraça de seus irmãos e achou que precisava salvá-los. E não teve mais sossego, até que um dia partiu secretamente e saiu pelo mundo afora, a fim de encontrá-los, onde quer que estivessem, e libertá-los.Não levou nada consigo, a não ser um anelzinho de seus pais como lembrança, um pão para matar a fome, um jarrinho com água para saciar a sede e um banquinho para descansar. E foi andando, para longe, para longe, até o fim do mundo.Chegou onde estava o sol, mas este era quente demais, assustador, e comia criancinhas. Fugiu então apressadamente e correu até a lua, mas esta era fria demais e também horrível e má. Ao notar a criança disse:- Sinto cheiro, sinto cheiro de carne humana.A menina foi-se embora depressa e chegou até as estrelas, que foram boas e gentis com ela. Cada uma estava sentada em sua cadeirinha; e a estrela d’alva, dando um ossinho de galinha, disse:- Sem este ossinho não poderás destrancar a porta da montanha de vidro, onde se encontram seus irmãos.A menina pegou o ossinho, embrulhou-o muito bem num lenço, e partiu novamente, caminhando por muito tempo, até chegar à montanha de vidro. O portão estava trancado, e ela quis tirar o ossinho do lenço, mas quando o abriu estava vazio: ela perdera o presente das bondosas estrelas.Que fazer agora? Queria salvar os irmãos e não tinha a chave para abrir a montanha de vidro. A boa irmãzinha apanhou uma faca, cortou o dedo mindinho, introduziu-o na fechadura e, por felicidade, o portão se abriu. Assim que ela entrou, um anãozinho veio ao seu encontro e disse:- Que procuras, minha filha?- Procuro meus irmãos, os sete corvos – respondeu ela.Disse o anão:- Os senhores corvos não estão em casa, mas se quiseres esperar até que voltem, então entra.Em seguida, o anãozinho trouxe a refeição dos sete corvos em sete pratinhos e em sete copinhos, e de cada pratinho a irmãzinha comeu um bocadinho, e de cada copinho bebeu um golinho; mas no último copinho deixou cair o anelzinho que trouxera consigo.De repente, ela ouviu no ar o ruflar de asas e o crocitar. O anãozinho então disse:- Aí vêm chegando os senhores corvos.Eles chegaram, quiseram comer e beber e procuraram por seus pratinhos e copinhos. E, então, um após outro perguntou:- Quem comeu no meu pratinho? Quem bebeu no meu copinho?Foi a boca de um ser humano.E, quando o sétimo chegou ao fundo do copo, o anelzinho rolou ao seu encontro. Ele então o viu, reconheceu-o como o anel de seu pai e de sua mãe e disse:- Deus queira que nossa irmãzinha esteja aqui, pois assim estaremos salvos. Quando a menina, que os espreitava atrás da porta, ouviu este desejo, adiantou-se, e todos os corvos recobraram a forma humana.E, abraçaram-se e beijaram-se uns aos outros, e voltaram contentes para casa.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O sapo e a flor

Numa floresta muito grande e cheia de bichos, habitavam várias famílias de animais.Desde insetos e até mesmos leões com suas leoas e filhotes.Todos cuidavam de suas vidas e da comida também. Os macacos eram os mais alegres, pois estavam sempre brincando e pulando de galho em galho, como se fosse uma festa.Os pássaros regiam a orquestra, pois entre tantos gritinhos, urros e barulhos dos bichos parecia mesmo uma grande orquestra.Estava um dia o sapo tomando seu banho de sol, quando ouviu que lhe dirigiam a palavra.Logo abriu seus olhinhos procurando quem com ele estaria falando!Eis que vê uma linda flor cor-de-rosa cheia de pintinhas...Assim estava dizendo ela: - Nossa que coisa mais feia! Nunca vi um bicho tão feio!- Que boca tão grande, que pele tão grossa...- Parece até uma pedra, aí parada, sem valor nenhum.- Ainda bem que sou formosa, colorida e até perfumada.- Que triste seria ser um sapo!!!O sapo que tudo ouvia ficou muito triste, pois sempre que via a flor, pensava:- Que linda flor, tão perfumada, que cores lindas, alegra a floresta!Mas a flor agora havia se mostrado dizendo tudo aquilo do sapo.De repente surge o gafanhoto saltitante e vê a flor, mas não o sapo.A flor, quando o percebeu, ficou tremendo em seu frágil caule.- Meu Deus, que faço agora?Vocês sabem que o gafanhoto gosta de comer as pétalas de qualquer flor que encontre, e ela seria assim sua sobremesa...O sapo, quietinho, quietinho, não se mexeu, e quando o gafanhoto se aproximou da flor, nhac... o alcançou com sua língua.A flor que já se havia fechado, pensando que iria morrer, abriu-se novamente não acreditando no que havia acontecido.Mas dona árvore que desde o início a tudo assistia, falou muito energicamente e brava lá do seu canto:- Pois é dona flor, veja como as aparências enganam.Tenho certeza que a senhora gostaria mais do elegante e magrinho gafanhoto. No entanto, veja como ele teria sido tão mau com a senhora!Às vezes pensamos e dizemos coisas sobre nossos semelhantes que não são verdadeiras. Precisamos tomar muito cuidado com o que falamos, sabe por que?- Não - dizia a flor ainda tremendo de susto. - Todos nos somos diferentes, de formas diferentes, e até pensamos diferente.- Você sabe que existem também outras formas de se falar?- Não. Não sabia - disse a flor espantada com a sabedoria da árvore.- Pois então minha pequena, da próxima vez que for falar de alguém, pense antes, pois este alguém poderia ser você.- Agora agradeça ao seu amigo sapo o favor que ele lhe fez, e também conte aos outros o que aprendeu aqui hoje.Com sua vozinha fraca a flor disse ao sapo:- Meu amigo, você é, realmente, amigo. Agradeço-lhe ter me salvado do gafanhoto e prometo que nunca mais falarei de ninguém.- Aprendi a lição e dona árvore me ensinou também.Todos os bichos que estavam assistindo bateram palmas.E assim amiguinhos, aqui fica a lição: somos todos iguais. Existem bons e maus, mas podemos escolher de que lado vamos ficar.....

terça-feira, 2 de junho de 2009

A Vó Falsa


Uma dona de casa tinha de peneirar a farinha. Mandou sua menina para a casa da avó, para que ela lhe emprestasse a peneira. A menina preparou o cestinho com a merenda: roscas e pão feito com óleo; e se pôs a caminho.
— Rio Jordão, me deixa passar?
— Sim, se me der suas roscas.
O rio Jordão era louco por roscas e se divertia com elas, fazendo-as girar em seus redemoinhos.
A menina chegou à Porta Gradeada.
— Porta gradeada, me deixa passar?
— Sim, se você me der o pão feito com óleo.
A Porta Gradeada era louca por pão com óleo, pois tinha as dobradiças enferrujadas, e o pão feito com óleo as untava.
A menina deu o pão com óleo à porta, e a porta se abriu e a deixou passar.
Chegou à casa da avó, mas a porta estava fechada.
— Vovó, vovó, abra para mim.
— Estou de cama, doente. Entre pela janela.
— Não alcanço.
— Entre pela gateira.
— Não passo
— Então espere.
— Jogou uma corda e a puxou pela janela.
O aposento estava escuro. Quem estava na cama era a Ogra, não a avó, pois a avó fora devorada inteirinha pela Ogra, da cabeça aos pés, menos os dentes, que pusera para cozinhar numa panelinha, e as orelhas, que pusera para fritar numa frigideira.
— Vovó, mamãe quer a peneira.
— Agora é tarde. Amanhã vou entregá-la para você. Venha para a cama.
— Vovó, estou com fome, primeiro quero comer.
— Coma os feijões que estão cozinhando na panelinha.
Na panelinha estavam os dentes.
A menina mexeu com a colher e disse:
— Vovó, estão muito duros.
— Então coma as fritadas que estão na frigideira.
Na frigideira estavam as orelhas. A menina tocou nelas com o garfo e disse:
— Vovó, não estão crocantes.
— Então venha para a cama. Comerá amanhã.
A menina subiu na cama, perto da avó. Tocou numa de suas mãos e disse:
— Por que tem as mão tão peludas, vovó?
— Por causa dos muitos anéis que usava nos dedos.
Tocou em seu peito.
— Por que tem o peito tão peludo, vovó?
— Por causa do monte de colares que usava no pescoço.
Tocou em seus quadris.
— Por que tem os quadris tão peludos, vovó?
— Porque usava um espartilho muito apertado.
Tocou em sua cauda e pensou que, com ou sem pêlos, a avó jamais tivera um rabo.
Aquela devia ser a Ogra e não sua avó. Então disse:
— Vovó, não consigo dormir se antes não fizer uma necessidade.
A avó disse:
— Vá fazer na estrebaria, faço você descer pelo alçapão e depois volto a puxá-la.
Amarrou-a com a corda e a baixou na estrebaria. Assim que se viu no chão, a menina se desamarrou e amarrou uma cabra na corda.
— Terminou? disse a avó.
— Espere um momentinho. Acabou de amarrar a cabra.
— Pronto, terminei, pode me puxar.
A Ogra puxa, puxa, e a menina começa a gritar:
— Ogra peluda! Ogra peluda!
Abre a estrebaria e foge. A Ogra puxa e aparece a cabra. Pula da cama e corre atrás da menina.
Na Porta Gradeada, a Ogra gritou de longe:
— Porta Gradeada, não a deixe passar!
Mas a porta gradeada disse:
— Claro que a deixo passar, pois me deu pão com óleo.
No rio Jordão, a Ogra gritou:
— Rio Jordão, não a deixe passar!
Mas o rio Jordão disse:
— Claro que a deixo passar, pois me deu roscas.
Quando a Ogra quis passar, o rio Jordão não baixou suas águas e a Ogra foi arrastada. Na margem, a menina fazia caretas para ela.

o dragão


Era uma vez e não era uma vez uma menina que tinha muita curiosidade pelas palavras. Não por palavras de qualquer tipo, mas por aquelas escritas no papel. Olhava intrigada para os adultos que passavam horas escondidos atrás dos jornais na poltrona da sala, absortos em decifrar aquele monte de sinaizinhos pretos no papel imenso. Não entendia os rabisquinhos que as pessoas grandes faziam a torto e a direito, os envelopes que o carteiro sabia onde entregar, as esquinas com placas coloridas que faziam os carros virar.
Ainda pequenina ficava imaginando que mistérios as palavras escritas escondiam, que coisas estranhas elas diziam. Descobriu que as letras se juntavam para formar os nomes das coisas, e que os nomes se juntavam para contar coisas sobre as coisas… E assim passava horas folheando as revistas da mãe e contando em voz alta suas histórias imaginadas.
Nem preciso dizer que ela adorava sopa de letrinhas. Tinha certeza de que limpando o prato, comendo todinhas, até mesmo as letras mais esquisitas, acordaria no dia seguinte sabendo todas as histórias que elas tinham pra contar. Bom, talvez nem todas, mas sempre se lembrava das mais bonitas.
E assim ela cresceu. Uma parte dela andava descalça, brincava na terra, jogava bola e pulava sela como as outras crianças. Mas outra parte, a que tinha medo do escuro, vagava por paisagens bem diferentes: pulava muros, voava em dragões coloridos, navegava em barrigas de baleias e em mares de sereias.
Quando finalmente aprendeu a ler e a escrever, soube que aquele outro mundo em que ela vivia existia também em outro lugar: nos livros de fantasia. Então sua imaginação voou mais alto, viveu aventuras em ilhas perdidas, casas assombradas e bosques de árvores falantes. Comeu casas inteiras de chocolate e fez amizade com gigantes.
Mais tarde percebeu que também podia organizar as letras para formar nomes e juntar os nomes para contar coisas e assim escrever suas próprias histórias. Quando fazia isso, aquele mundo em que ela vivia saía da memória, ficava mais real, e ela podia convidar outras pessoas para brincar nele também.
E então pôs-se a escrever.
Escreveu sobre castelos, princesas, tartarugas viajantes e poetas ambulantes… Escreveu sobre mamutes e elefantes. Sobre pessoas azuis e mundos sem igual. Escreveu sobre o bem e o mal.

E assim foi até o dia em que teve de responder à pergunta que fazem a todas as crianças mais ou menos grandinhas:
“O que você vai ser quando crescer?”
Como o que ela mais gostava era escrever, resolveu ir para uma escola em que as pessoas aprendiam a escrever histórias.
No começo, tudo ia bem… Conheceu outras crianças como ela, que também gostavam de juntar as letras para formar nomes e juntar os nomes para contar coisas sobre as coisas.
Mas aos poucos foi descobrindo que havia algo de errado com as histórias que as pessoas contavam naquela escola. Todas elas tinham de ser reais, sobre coisas que de fato existem nesse mundo que os olhos podem ver. Não podia escrever nada inventado, não podia dar nenhuma notícia do seu mundo imaginado, tudo tinha de ser baseado em fato.
Tudo bem… Talvez isso seja crescer, pensou. E se rendeu a aprender como fazer pra contar sobre as coisas que já existem. Às vezes dava uma ou outra escorregadela, a imaginação escorregava pela manga e alcançava os dedos no teclado, inventando uma coisinha ou outra num texto pra lá de chato.
E assim passou por anos de treinamento, trancafiando sua imaginação como a um dragão enjaulado. O que ela não sabia é que como não colocava mais as suas histórias no papel, elas iam se enrolando dentro dela, num carretel. Não demorou para que a menina, já grande, passasse a viver muito mais na fantasia do que no mundo real sobre o qual ela escrevia todo dia. A parte dela que andava descalça e pulava sela já quase não existia.
E, não sei se vocês sabem: os monstros da nossa infância crescem junto com a gente. Como as histórias não eram mais contadas, ficaram todas emaranhadas. Agora, no mundo da sua imaginação, só sobrara o medo do escuro e um grande dragão. E quanto mais ela ignorava o dragão de quando era menina, mais ele botava fogo pela narina.
Ela já não distinguia o que era real e o que era fantasia. No meio da confusão, tudo era dor e frustração. Até que um dia, um sábio doutor, que tudo sabia, apresentou-lhe a solução.
Tudo o que ela tinha de fazer, até o fim dos dias, era escrever sobre o dragão.
O doutor falou que conhecia muita gente que só vivia de ilusão. Isso é complicado, ele disse, porque se as histórias não acontecem, o contador fica frustrado. Quando o dragão da fantasia é trancafiado, ele se volta contra o próprio criador. Mas quando a gente escreve, ele voa, e liberta a imaginação. E a pessoa pode viver uma realidade mais tranqüila.
E foi assim que ela encontrou a ponta do carretel emaranhado, voltando a escrever sobre seu mundo imaginado. Contou tudo o que sabia sobre o dragão inventado: como suas unhas eram negras, como suas asas eram brilhantes e suas escamas eram secas. Como ele gostava de voar alto no céu e quando era preso fazia um escarcéu.
Esse primeiro texto que ela escreveu sobre o dragão terminava assim:
“Um passarinho me disse que quando uma história é contada, ela deixa de viver dentro da gente. E a gente é que passa a viver dentro dela. É assim que os grandes dragões perdem a maldade e os sonhos se transformam em realidade.”

A Bruxa



A Bruxa
A Bruxa para as crianças é a figura clássica da mulher velha, alta e magra, corcunda, queixo fino, nariz pontudo, olhos pequenos e misteriosos, cheia de sinais nos cabelos, e manchas na pele. xxxxO principal trabalho das Bruxas é carregar meninos que teimam em não dormir cedo, ou em alguns casos, mantendo os vestígios do mito de origem Européia, sugar seu sangue sem que ninguém a veja, já que é capaz de se tornar invísivel. No Norte do país, ela é conhecida como Feiticeira. xxxxPara evitar que a Bruxa entre numa casa, deve-se riscar nas portas os símbolos cabalísticos; o sinal de Salomão, que é uma estrela de seis pontas, feita com dois triângulos; a estrela de cinco pontas, que é o sagrado pentágono; ou as palhas secas do Domingo de Ramos postas em forma de cruz, ou novelos de fios da fibra de Caroá, planta usada para fazer barbantes, linhas de pesca e tecidos. xxxxA Bruxa então é obrigada a parar, e só entrará naquela casa, após contar fio por fio, daquele feixe de fibras de Caroá ou Gravatá.

O Leão e o Ratinho


Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse embora. Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva. Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.

O Fantasma Amarelo



Era uma vez um rei que vivia em um castelo AMARELO (melodioso), cercado por um imenso jardim cheio de cravos A-MA-RE-LOS. Esse rei tinha uma filha, que era muito linda. A princesinha era boa, obediente e estudiosa.
Todos os dias ela acordava muito cedo, tirava o seu pijaminha AMARELO (sussurrando) e vestia o seu vestido AMARELO (alegria). Ela gostava muito do seu vestido AMARELO (alegria) porque achava que esta cor ficava bem em vestidos. Porém os seus sapatos AMARELOS (desgosto) ela não gostava, não acha que sapatos deviam ser AMARELOS.
Depois disso ela ia dar uma volta no jardim e gostava de colher um cravo A-MA-RE-LO. Essa era a vida da menininha: Levantar, tirar o pijama AMARELO (sussurando), vestir o vestido AMARELO (alegria), os sapatos AMARELOS (desgosto) e cheirar o cravo A-MA-RE-LO.
Uma noite a princesinha estava dormindo muito gostosa na sua cama AMARELA, com lençóis AMARELOS, no seu travesseiro AMARELO, com o cobertor AMARELO, e o seu pijama AMARELO (sussurrando) quando levou o maior susto, na porta de seu quarto havia um enorme e horrível fantasma AMARELO (fastasmagórico). A menina imediatamente ficou com o rosto AMARmuito medo e ficou esperando que chegasse logo de manhã para contar para o seu pai.
No dia seguinte o rei estava muito ocupado, trabalhando em seu escritório quando a menininha chegou correndo dizendo?
- Papai, esta... noite... eu estava dormindo em minha cama AMARELA, com... lençóis.... AMARELOS, no... meu... travesseiro... AMA
RELO, com... cobertor AMARELO, e... meu... pijama AMARELO (sussurrando) quando... eu vi... um terrível... fantasma AMARELO!
Quando o rei ouviu a sua filha contar o caso do tal fantasma, disse logo:_ Minha filha fantasma não existe e nunca existiu. É peraltice do copeiro que é um rapaz muito brincalhão, de noite ele se enrola em um lençol AMARELO e sai pelos corredores do castelo AMARELO (melodioso), que tem um jardim cheio de cravos A-MA-RE-LOS para pregar sustos nos amigos. Mas eu vou acabar com essas brincadeiras de fantasmas AMARELOS (fantasmagórico)
Mandou chamar o chefe dos guardas que vestia uma linda farda AMARELA.
- Pronto Majestade! As ordens!
O rei disse:
- Chefe dos guardas, alguma coisa está errada no castelo AMARELO (melodioso) envolto de jardins com cravos A-MA-RE-LOS. Esta noite minha filha foi dormir e tirou o seu vestido AMARELO (alegria) e o seu sapato AMARELO (desgosto) vestiu o seu pijama AMARELO (sussurro) e deitou na sua cama de lençóis AMARELOS, com travesseiro AMARELO e cobertor AMARELO, e dormiu quando de repente ouviu um barulho no corredor e acordou. Pois bem, na porta do quarto minha filha viu um fantasma AMARELO (fantasmagórico)
- Já sei disse o chefe dos guardas que vestia uma linda farda AMARELA. É o Sebastião, o copeiro. Certamente é brincadeira do Sebastião. Toda a noite ele faz isso e sai pelos corredores do castelo AMARELO (melodioso), que tem em volta jardins cheios de cravos A-MA-RE-LOS a dar sustos em todo o mundo.
- Então, você tem que dar um jeito nisso!
- Deixe comigo, pois eu já sei o que vou fazer.
O chefe dos guardas de farda AMARELA, preparou uma lata de tinta bem grande. Tinta azul bem forte. E ficou escondido np alto da escada atrás da porta.
Enquanto isso a princesinha se preparava para dormir. Tirou o vestido AMARELO (melodioso) e os sapatos AMARELOS(desgosto) vestiu o pijama ANMARELO(sussurrando) e se deitou na cama de lençois AMARELOS, morrendo de medo que o fantasma AMARELO (fantasmagórico) aparecesse.
De repente na escada começou-se a ouvir um hhap chap... Quem seria?
O fantasma AMARELO (fantasmagórico).
Era o Sebastião, o copeiro peralta, que gostava de se enrolar em um lençol AMARELO e fingir que era um fantasma AMARELO (fantasmagórico). Quando o Sebastião estava bem no meio da escada, o chefe dos guardas tomou a lata de tinta azul e zás – despejou a tinta azul em cima do Fantasma que ficou...
Que ficou...
Neste momento as crianças poderão ficar em dúvida se dizem amarelo ou mesmo azul, mas o correto é VERDE que é a mistura de amarelo com azul.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

cinderela



Era uma vez um senhor viúvo que tinha uma filha a quem amava muito. Ele decidiu casar-se novamente com uma viúva que tinha duas filhas.O pobre homem morreu, deixando sua filha desolada. No entanto, a madrasta e suas filhas ficaram felizes com a herança. As três mulheres invejavam a beleza e a bondade da moça. Então a converteram em sua criada, e a chamavam Cinderela. Cinderela lavava, limpava, passava e cozinhava. Porém, mais que tudo chorava, porque ninguém mais gostava dela. Um dia, o arauto do rei convidou todas as jovens do reino para um baile no palácio, pois o príncipe herdeiro queria escolher uma esposa. As filhas da madrasta acreditavam que uma delas seria a escolhida, e passaram a tarde provando vestidos. A pobre Cinderela também queria ir ao baile, mas as suas irmãs a proibiram. Foram ao baile zombando de Cinderela que ficou em casa, muito triste. De repente surgiu vinda do céu, uma luz muito forte, que se transformou numa fada. _ Cinderela, sou sua fada madrinha, não chores, não quero que vivas triste, se anime pois, esta noite irás ao baile. E com sua varinha de condão transformou as pobres roupas da jovem num lindo vestido, e os sapatos viraram sapatinhos de cristal. A fada ainda transformou uma abóbora numa carruagem, dois ratinhos em cavalos, e o cachorro de Cinderela no seu cocheiro. A jovem ficou encantada com a mágica da fada.
_ Vá depressa minha menina! - disse a fada. Mas não esqueças que o encanto se romperá à meia noite e tudo voltará a ser como era. Cinderela entrou no palácio e todos ficaram encantados com sua beleza. Estava tão bonita que a madrasta e as suas irmãs não a reconheceram.As mulheres ficaram encantadas com o seu vestido, era o mais belo da festa. O príncipe que até então não havia encontrado nenhuma moça que o tivesse agradado, ficou encantado ao vê-la. Quis dançar somente com Cinderela. Os dois dançaram a noite toda, deixando as moças da festa com muita inveja de daquela desconhecida. Cinderela estava tão feliz que não percebeu o tempo passar. Quando olhou para o grande relógio no salão, viu que faltavam poucos minutos para a meia noite. Antes que terminasse o encanto, Cinderela foi embora correndo, desceu as escadas com tanta pressa que perdeu um sapatinho de cristal. O príncipe, que estava apaixonado por Cinderela, saiu correndo atrás da jovem mas não conseguiu alcança-la. Encontrou o seu sapatinho de cristal na escada e o guardou. No dia seguinte, o príncipe que não sabia nem ao menos o nome de sua amada, mandou que seu pajem a procurasse pelo reino, a moça cujo pé coubesse naquele sapatinho.O pajem procurou por todo o reino, mas nenhuma moça tinha um pé tão pequeno que coubesse naquele sapatinho. Quando chegou na casa de Cinderela, provou o sapatinho nas suas irmãs, mas os pés delas eram grandes demais. Como o sapato era pequeno, por mais que as irmãs tentassem, não servia. Ele estava indo embora quando viu Cinderela varrendo um cômodo da casa. Após muito insistir ele conseguiu fazê-la provar o sapatinho. Quando a madrasta e as irmãs viram Cinderela calçar o sapatinho ficaram surpresas. Ele serviu perfeitamente em seu pequeno pézinho. Ele a levou para o castelo ao encontro do príncipe. No dia seguinte, Cinderela casou-se com o príncipe e houve festa em todo o reino. Agora, Cinderela era amada e os dois foram muito felizes

o lobo e os cabritinhos


Era uma vez uma cabra que saíu para pastar e deixou o cabritinho escondido em casa. Ao fechar a porta por dentro, o cabritinho foi avisado para só abrir quando ela chegasse e dissesse - Abre que está frio. Mas, o lobo mau estava escondido por trás da casa e ouviu a senha. Mal a mãe do cabritinho se afastou, aproximou-se o lobo da porta e imitou a voz da cabra, dizendo - Abre que está frio. Mesmo assim o cabritinho não reconheceu bem a voz da mãe e desconfiando pediu - Mãe, mostre sua pata branca por baixo da fresta da porta... É claro! O lobo tem pata muito diferente, com garras. E não é branca. Assim, não podendo mostrar suas mãos de assassino, o lobo teve que retirar-se sem devorar sua presa. Assim é na vida, conclui o fabulista: Se cada um resolver testar a verdade do que dizem, ninguém cairia em tanta mentira, fingimento e armadilha que os lobos humanos preparam para os incautos cabritinhos. Está na hora dos eleitores pedirem para mostrar as mãos limpas de seus candidatos antes de abrir as portas para os lobos entrarem. Os nazi-bolchevistas sabem muito bem imitar a linguagem convencional de que devemos abrir as portas para quem está com frio...

rapunzel


Era uma vez um casal que há muito tempo desejava inutilmente ter um filho. Os anos se passavam, e seu sonho não se realizava. Afinal, um belo dia, a mulher percebeu que Deus ouvira suas preces. Ela ia ter uma criança!Por uma janelinha que havia na parte dos fundos da casa deles, era possível ver, no quintal vizinho, um magnífico jardim cheio das mais lindas flores e das mais viçosas hortaliças. Mas em torno de tudo se erguia um muro altíssimo, que ninguém se atrevia a escalar. Afinal, era a propriedade de uma feiticeira muito temida e poderosa. Um dia, espiando pela janelinha, a mulher se admirou ao ver um canteiro cheio dos mais belos pés de rabanete que jamais imaginara. As folhas eram tão verdes e fresquinhas que abriram seu apetite. E ela sentiu um enorme desejo de provar os rabanetes.A cada dia seu desejo aumentava mais. Mas ela sabia que não havia jeito de conseguir o que queria e por isso foi ficando triste, abatida e com um aspecto doentio, até que um dia o marido se assustou e perguntou:— O que está acontecendo contigo, querida? — Ah! — respondeu ela. — Se não comer um rabanete do jardim da feiticeira, vou morrer logo, logo! O marido, que a amava muito, pensou: “Não posso deixar minha mulher morrer… Tenho que conseguir esses rabanetes, custe o que custar!” Ao anoitecer, ele encostou uma escada no muro, pulou para o quintal vizinho, arrancou apressadamente um punhado de rabanetes e levou para a mulher. Mais que depressa, ela preparou uma salada que comeu imediatamente, deliciada. Ela achou o sabor da salada tão bom, mas tão bom, que no dia seguinte seu desejo de comer rabanetes ficou ainda mais forte. Para sossegá-la, o marido prometeu-lhe que iria buscar mais um pouco.Quando a noite chegou, pulou novamente o muro mas, mal pisou no chão do outro lado, levou um tremendo susto: de pé, diante dele, estava a feiticeira.— Como se atreve a entrar no meu quintal como um ladrão, para roubar meus rabanetes? — perguntou ela com os olhos chispando de raiva. — Vai ver só o que te espera! — Oh! Tenha piedade! — implorou o homem. — Só fiz isso porque fui obrigado! Minha mulher viu seus rabanetes pela nossa janela e sentiu tanta vontade de comê-los, mas tanta vontade, que na certa morrerá se eu não levar alguns! A feiticeira se acalmou e disse: — Se é assim como diz, deixo você levar quantos rabanetes quiser, mas com uma condição: irá me dar a criança que sua mulher vai ter. Cuidarei dela como se fosse sua própria mãe, e nada lhe faltará.O homem estava tão apavorado, que concordou. Pouco tempo depois, o bebê nasceu. Era uma menina. A feiticeira surgiu no mesmo instante, deu à criança o nome de Rapunzel e levou-a embora.Rapunzel cresceu e se tomou a mais linda criança sob o sol. Quando fez doze anos, a feiticeira trancou-a no alto de uma torre, no meio da floresta. A torre não possuía nem escada, nem porta: apenas uma janelinha, no lugar mais alto. Quando a velha desejava entrar, ficava embaixo da janela e gritava:— Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças! Rapunzel tinha magníficos cabelos compridos, finos como fios de ouro. Quando ouvia o chamado da velha, abria a janela, desenrolava as tranças e jogava-as para fora. As tranças caíam vinte metros abaixo, e por elas a feiticeira subia. Alguns anos depois, o filho do rei estava cavalgando pela floresta e passou perto da torre. Ouviu um canto tão bonito que parou, encantado.Rapunzel, para espantar a solidão, cantava para si mesma com sua doce voz.Imediatamente o príncipe quis subir, procurou uma porta por toda parte, mas não encontrou. Inconformado, voltou para casa. Mas o maravilhoso canto tocara seu coração de tal maneira que ele começou a ir para a floresta todos os dias, querendo ouvi-lo outra vez.Em uma dessas vezes, o príncipe estava descansando atrás de uma árvore e viu a feiticeira aproximar-se da torre e gritar: “Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!”. E viu quando a feiticeira subiu pelas tranças. “É essa a escada pela qual se sobe?”, pensou o príncipe. “Pois eu vou tentar a sorte…”.No dia seguinte, quando escureceu, ele se aproximou da torre e, bem embaixo da janelinha, gritou: — Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças! As tranças caíram pela janela abaixo, e ele subiu. Rapunzel ficou muito assustada ao vê-lo entrar, pois jamais tinha visto um homem. Mas o príncipe falou-lhe com muita doçura e contou como seu coração ficara transtornado desde que a ouvira cantar, explicando que não teria sossego enquanto não a conhecesse.
Rapunzel foi se acalmando, e quando o príncipe lhe perguntou se o aceitava como marido, reparou que ele era jovem e belo, e pensou: “Ele é mil vezes preferível à velha senhora…”. E, pondo a mão dela sobre a dele, respondeu: — Sim! Eu quero ir com você! Mas não sei como descer… Sempre que vier me ver, traga uma meada de seda. Com ela vou trançar uma escada e, quando ficar pronta, eu desço, e você me leva no seu cavalo. Combinaram que ele sempre viria ao cair da noite, porque a velha costumava vir durante o dia. Assim foi, e a feiticeira de nada desconfiava até que um dia Rapunzel, sem querer, perguntou a ela: — Diga-me, senhora, como é que lhe custa tanto subir, enquanto o jovem filho do rei chega aqui num instantinho? — Ah, menina ruim! — gritou a feiticeira. — Pensei que tinha isolado você do mundo, e você me engana! Na sua fúria, agarrou Rapunzel pelo cabelos e esbofeteou-a. Depois, com a outra mão, pegou uma tesoura e tec, tec! cortou as belas tranças, largando-as no chão. Não contente, a malvada levou a pobre menina para um deserto e abandonou-a ali, para que sofresse e passasse todo tipo de privação. Na tarde do mesmo dia em que Rapunzel foi expulsa, a feiticeira prendeu as longas tranças num gancho da janela e ficou esperando. Quando o príncipe veio e chamou: “Rapunzel! Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!”, ela deixou as tranças caírem para fora e ficou esperando. Ao entrar, o pobre rapaz não encontrou sua querida Rapunzel, mas sim a terrível feiticeira. Com um olhar chamejante de ódio, ela gritou zombeteira: — Ah, ah! Você veio buscar sua amada? Pois a linda avezinha não está mais no ninho, nem canta mais! O gato apanhou-a, levou-a, e agora vai arranhar os seus olhos! Nunca mais você verá Rapunzel! Ela está perdida para você! Ao ouvir isso, o príncipe ficou fora de si e, em seu desespero, se atirou pela janela. O jovem não morreu, mas caiu sobre espinhos que furaram seus olhos e ele ficou cego. Desesperado, ficou perambulando pela floresta, alimentando-se apenas de frutos e raízes, sem fazer outra coisa que se lamentar e chorar a perda da amada. Passaram-se os anos. Um dia, por acaso, o príncipe chegou ao deserto no qual Rapunzel vivia, na maior tristeza, com seus filhos gêmeos, um menino e uma menina, que haviam nascido ali. Ouvindo uma voz que lhe pareceu familiar, o príncipe caminhou na direção de Rapunzel. Assim que chegou perto, ela logo o reconheceu e se atirou em seus braços, a chorar. Duas das lágrimas da moça caíram nos olhos dele e, no mesmo instante, o príncipe recuperou a visão e ficou enxergando tão bem quanto antes. Então, levou Rapunzel e as crianças para seu reino, onde foram recebidos com grande alegria. Ali viveram felizes e contentes.

Os três Porquinhos




Era uma vez, na época em que os animais falavam, três porquinhos que viviam felizes e despreocupados na casa da mãe.A mãe era ótima, cozinhava, passava e fazia tudo pelos filhos. Porém, dois dos filhos não a ajudavam em nada e o terceiro sofria em ver sua mãe trabalhando sem parar.Certo dia, a mãe chamou os porquinhos e disse: __Queridos filhos, vocês já estão bem crescidos. Já é hora de terem mais responsabilidades para isso, é bom morarem sozinhos. A mãe então preparou um lanche reforçado para seus filhos e dividiu entre os três suas economias para que pudessem comprar material e construírem uma casa. Estava um bonito dia, ensolarado e brilhante. A mãe porca despediu-se dos seus filhos: __Cuidem-se! Sejam sempre unidos! - desejou a mãe. Os três porquinhos, então, partiram pela floresta em busca de um bom lugar para construírem a casa. Porém, no caminho começaram a discordar com relação ao material que usariam para construir o novo lar. Cada porquinho queria usar um material diferente. O primeiro porquinho, um dos preguiçosos foi logo dizendo: __ Não quero ter muito trabalho! Dá para construir uma boa casa com um monte de palha e ainda sobra dinheiro para comprar outras coisas. O porquinho mais sábio advertiu: __ Uma casa de palha não é nada segura. O outro porquinho preguiçoso, o irmão do meio, também deu seu palpite: __ Prefiro uma casa de madeira, é mais resistente e muito prática. Quero ter muito tempo para descansar e brincar. __ Uma casa toda de madeira também não é segura - comentou o mais velho- Como você vai se proteger do frio? E se um lobo aparecer, como vai se proteger? __ Eu nunca vi um lobo por essas bandas e, se fizer frio, acendo uma fogueira para me aquecer! - respondeu o irmão do meio- E você, o que pretende fazer, vai brincar conosco depois da construção da casa?
__Já que cada um vai fazer uma casa, eu farei uma casa de tijolos, que é resistente. Só quando acabar é que poderei brincar. – Respondeu o mais velho. O porquinho mais velho, o trabalhador, pensava na segurança e no conforto do novo lar. Os irmãos mais novos preocupavam-se em não gastar tempo trabalhando. __Não vamos enfrentar nenhum perigo para ter a necessidade de construir uma casa resistente. - Disse um dos preguiçosos. Cada porquinho escolheu um canto da floresta para construir as respectivas casas. Contudo, as casas seriam próximas. O Porquinho da casa de palha, comprou a palha e em poucos minutos construiu sua morada. Já estava descansando quando o irmão do meio, que havia construído a casa de madeira chegou chamando-o para ir ver a sua casa. Ainda era manhã quando os dois porquinhos se dirigiram para a casa do porquinho mais velho, que construía com tijolos sua morada. __Nossa! Você ainda não acabou! Não está nem na metade! Nós agora vamos almoçar e depois brincar. – disse irônico, o porquinho do meio. O porquinho mais velho porém não ligou para os comentários, nem par a as risadinhas, continuou a trabalhar, preparava o cimento e montava as paredes de tijolos. Após três dias de trabalho intenso, a casa de tijolos estava pronta, e era linda! Os dias foram passando, até que um lobo percebeu que havia porquinhos morando naquela parte da floresta. O Lobo sentiu sua barriga roncar de fome, só pensava em comer os porquinhos. Foi então bater na porta do porquinho mais novo, o da casa de palha. O porquinho antes de abrir a porta olhou pela janela e avistando o lobo começou a tremer de medo. O Lobo bateu mais uma vez, o porquinho então, resolveu tentar intimidar o lobo: __ Vá embora! Só abrirei a porta para o meu pai, o grande leão!- mentiu o porquinho cheio de medo. __ Leão é? Não sabia que leão era pai de porquinho. Abra já essa porta. – Disse o lobo com um grito assustador. O porquinho continuou quieto, tremendo de medo. __Se você não abrir por bem, abrirei à força. Eu ou soprar, vou soprar muito forte e sua casa irá voar. O porquinho ficou desesperado, mas continuou resistindo. Até que o lobo soprou um a vez e nada aconteceu, soprou novamente e da palha da casinha nada restou, a casa voou pelos ares. O porquinho desesperado correu em direção à casinha de madeira do seu irmão. O lobo correu atrás. Chagando lá, o irmão do meio estava sentado na varanda da casinha. __Corre, corre entra dentro da casa! O lobo vem vindo! – gritou desesperado, correndo o porquinho mais novo. Os dois porquinhos entraram bem a tempo na casa, o lobo chegou logo atrás batendo com força na porta. Os porquinhos tremiam de medo. O lobo então bateu na porta dizendo:__Porquinhos, deixem eu entrar só um pouquinho! __ De forma alguma Seu Lobo, vá embora e nos deixe em paz.- disseram os porquinhos. __ Então eu vou soprar e soprar e farei a casinha voar. O lobo então furioso e esfomeado, encheu o peito de ar e soprou forte a casinha de madeira que não agüentou e caiu. Os porquinhos aproveitaram a falta de fôlego do lobo e correram para a casinha do irmão mais velho. Chegando lá pediram ajuda ao mesmo. __Entrem, deixem esse lobo comigo!- disse confiante o porquinho mais velho. Logo o lobo chegou e tornou a atormentá-los: __ Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar, é só um pouquinho! __Pode esperar sentado seu lobo mentiroso.- respondeu o porquinho mais velho. __ Já que é assim, preparem-se para correr. Essa casa em poucos minutos irá voar! O lobo encheu seus pulmões de ar e soprou a casinha de tijolos que nada sofreu. Soprou novamente mais forte e nada. Resolveu então se jogar contra a casa na tentativa de derrubá-la. Mas nada abalava a sólida casa. O lobo resolveu então voltar para a sua toca e descansar até o dia seguinte. Os porquinhos assistiram a tudo pela janela do andar superior da casa. Os dois mais novos comemoraram quando perceberam que o lobo foi embora. __ Calma , não comemorem ainda! Esse lobo é muito esperto, ele não desistirá antes de aprende ruma lição.- Advertiu o porquinho mais velho. No dia seguinte bem cedo o lobo estava de volta à casa de tijolos. Disfarçado de vendedor de frutas. __ Quem quer comprar frutas fresquinhas?- gritava o lobo se aproximando da casa de tijolos. Os dois porquinhos mais novos ficaram com muita vontade de comer maçãs e iam abrir a porta quando o irmão mais velho entrou na frente deles e disse: -__ Nunca passou ninguém vendendo nada por aqui antes, não é suspeito que na manhã seguinte do aparecimento do lobo, surja um vendedor? Os irmãos acreditaram que era realmente um vendedor, mas resolveram esperar mais um pouco. O lobo disfarçado bateu novamente na porta e perguntou: __ Frutas fresquinhas, quem vai querer? Os porquinhos responderam: __ Não, obrigado. O lobo insistiu: Tome peguem três sem pagar nada, é um presente. __ Muito obrigado, mas não queremos, temos muitas frutas aqui. O lobo furioso se revelou: __ Abram logo, poupo um de vocês! Os porquinhos nada responderam e ficaram aliviados por não terem caído na mentira do falso vendedor. De repente ouviram um barulho no teto. O lobo havia encostado uma escada e estava subindo no telhado. Imediatamente o porquinho mais velho aumentou o fogo da lareira, na qual cozinhavam uma sopa de legumes. O lobo se jogou dentro da chaminé, na intenção de surpreender os porquinho entrando pela lareira. Foi quando ele caiu bem dentro do caldeirão de sopa fervendo. ___AUUUUUUU!- Uivou o lobo de dor, saiu correndo em disparada em direção à porta e nunca mais foi visto por aquelas terras. Os três porquinhos, pois, decidiram morar juntos daquele dia em diante. Os mais novos concordaram que precisavam trabalhar além de descansar e brincar. Pouco tempo depois, a mãe dos porquinhos não agüentando as saudades, foi morar com os filhos.Todos viveram felizes e em harmonia na linda casinha de tijolos.

Chapeuzinho vermelho


Era uma vez uma menininha de chapeu vermelho.

Um dia sua mãe pediu para que ela levasse uma cesta de doces para sua vovozinha.

Ela disse que sim e foi levar a cesta.

Lavando a cesta no caminho encontrou um lobo.

-Menina para onde você esta indo?

-Vou levar a cesta para minha vovozinha - disse a menina.

O lobo mostrou para a menina um caminho mas curto.

Então ela foi pelo caminho mas curto.

Enquanto isso o lobo correu para casa da vovó.

Chagando la o lobo chutou a por que caiu no chão e correu comer a vovó.

Quando a menina chegou na casa da vovó entrou e perguntou para a vovó.

-Que olhos grande vovó.

-È para te enxergar melhor.

-Que boca grande vovó.

-É para te comer melhor.

O caçador ouviu o barulho foi ver o que estava acontecendo.

Chegou lá e matou o lobo abriu a barriga do lobo e tirou a vovó de dentro.

E até hoje a vovó esta feliz